Na sala, a parede onde fica o sofá, móvel de maior destaque do ambiente, é, a princípio, a mais atraente para pendurar todo tipo de obra de arte. De acordo com a arquiteta Monique Granja, o quadro deve ficar a uma altura de 20 a 25 centímetros acima do sofá e não deve ter uma largura maior que a do móvel. No caso da combinação de pequenos quadros numa só parede, a dica é criar uma linguagem que estabeleça uma ligação entre eles.
“É preciso ter cuidado com a escolha das molduras e dos tipos de imagens ou pinturas que serão usados numa mesma parede. Se o morador optar por uma moldura antiga, por exemplo, todos os quadros devem ser emoldurados com materiais dessa linha. Se a pessoa pendurar todas as imagens sem buscar uma ligação e uma distância equivalente entre elas, vai acabar poluindo visualmente o espaço’, opina a arquiteta.
As paredes livres e sem móveis recostados ou qualquer outra interferência podem ser ótimos locais para brincar com quadros e fotos, podendo alguns deles ser fixados até mesmo a uma altura próxima ao chão.
“Toda a distribuição de quadros exige um toque de ousadia, pois é ela que vai dar a graça à parede. Um quadro perto do chão pode ser esse toque”, acrescenta Jaime Vilasseca, proprietário da loja de molduras Vilasseca.
Aos que estão planejando pendurar quadros em casa pela primeira vez, uma dica é fazer um desenho proporcional no papel. Mas, nos casos de falta de habilidade para o desenho, há ainda outras opções. Uma delas é recortar papel kraft no mesmo tamanho das molduras e colá-los com fita adesiva na parede para simular a arrumação. Ou, então, espalhar as obras no chão em frente à parede para ensaiar o arranjo.
E, caso prefira dispensar o uso de pregos, por que não usar a imagens apenas encostadas na parede, no chão, ou numa prateleira? O arquiteto Luiz Fernando Grabowsky exemplifica com o projeto de um quarto, feito em parceria com a Todeschini Ipanema, em que uma das paredes dá um lugar a um painel de madeira laqueada de branco com saliências para apoiar quadros e revistas. Com esse recurso, lembra Grabowsky, o morador pode mudar com facilidade os objetos em exposição e assim compor rapidamente um novo cenário no ambiente.
Outra opção é escolher quadros com fitas adesivas fixadoras. Mas elas devem ser usadas com cautela, já que a durabilidade do produto pode variar de acordo com condições específicas, lembram os especialistas. Paredes úmidas ou com pinturas soltas e ambientes extremamente quentes, por exemplo, podem impedir a perfeita fixação da fita e causar acidentes.
publicado
em 8/03/2010 às 12:55
| Fonte: O Globo