O Tight Lacing ou “laço apertado”, em uma tradução literal, é o nome dado à prática adotada por mulheres que desejam conquistar uma “cinturinha de pilão” sem precisar recorrer à lipoescultura ou intervenções cirúrgicas mais sérias, como a remoção de costelas.
Para isso, é necessário usar um corset apertado na região da circunferência da cintura por longos períodos, com o objetivo de alterar a silhueta e reduzir a cintura de forma gradual. Esta prática requer diversos ajustes no corset no decorrer de seu uso e aos poucos, vai fazendo com que o corpo se ajuste à peça.
O corset
O corset para afinar a cintura é uma evolução dos espartilhos usados no século passado e não tem nada a ver com os que são vendidos nas lojas de lingeries e nos sex-shops.
Confeccionado em várias camadas de tecido resistente, o corset para Tight Lacing tem reforços embutidos, as chamadas barbatanas, que pressionam áreas estratégicas quando a amarração das costas é puxada e apertada.
Antes, as barbatanas eram feitas em ferro, material que deixava o corset mais pesado e rígido. Hoje, ficaram mais maleáveis, graças às barbatanas em materiais mais leves, como alumínio, aço inoxidável, fibra e silicone. Cada corpo tem medidas diferentes, por isso a peça deve ser feita sob medida e ter entre 10 e 15 cm a menos do que a cintura da praticante.
Pode ou não pode?
O Tight Lacing é polêmico e divide opiniões. Suas praticantes defendem o uso e alegam resultados imediatos. Já alguns médicos, consideram a prática como uma agressão ao corpo que pode ocasionar problemas de saúde, pois o uso do corset comprimindo as costelas flutuantes gera pressão sobre os órgãos e pode ocasionar doenças e deformações. O acessório também pode causar problemas de digestão, danos no sistema vascular e diminuir a mobilidade do diafragma, dificultando a respiração.
Como se pode perceber, o assunto gera muitas discussões entre as praticantes e médicos. Na dúvida entre o que é certo ou errado, a questão é refletir sobre até onde é possível ir para conquistar uma silhueta perfeita sem expor a saúde à práticas perigosas.
Por Deborah Busko